NOVA VACINA CONTRA MENINGITE – TIPO B
Desde junho de 2015 está disponível em nossa clínica a nova vacina que protege contra a meningite do tipo B. Até o momento não existia nenhum tipo de imunização contra a doença, considerada de grande letalidade por conta da rápida evolução do quadro clínico após a infecção. Esta vacina está indicada a partir dos dois meses de idade e pode ser aplicada até os 50 anos.
Existem 13 sorogrupos da bactéria identificados, sendo que os mais comuns causadores de doença na população são os do tipo A, B, C, Y e W135. Estima-se a ocorrência de pelo menos 500 mil casos de doença meningocócica por ano no mundo, com cerca de 50 mil óbitos relatados. Mesmo em países desenvolvidos, a letalidade pode chegar a 40%.O meningococo B (MenB) é um dos principais causadores da doença no mundo. Para se ter uma ideia da gravidade da doença, de cada dez casos, dois são fatais, e dos 8 restantes muitos ficam com sequelas.
No Brasil, com a vacinação de rotina da meningite C e a consequente redução do número de casos deste tipo de doença meningocócica, o meningococo do tipo B está mais frequente, principalmente em menores de 5 anos.
Segundo o vice-presidente da SBim (Sociedade Brasileira de Imunizações), é de extrema importância a criação dessa vacina, pois dentre as doenças que possuem prevenção atualmente, tais como as hepatites, a difteria ou o tétano, a meningite B é a mais letal. “Quando o paciente entra em contato com a doença, pode perder a vida ou então ficar com sequelas gravíssimas, como cicatrizes, amputações e debilidade motora.”
O que torna a enfermidade ainda mais traiçoeira é o fato de que seus sintomas são facilmente confundidos com os de uma virose, por exemplo. O paciente a princípio pode ter febre, náusea, vômito, dor de cabeça, cansaço e irritabilidade, e neste ponto é praticamente impossível fazer o diagnóstico da doença. Na sequência, pode apresentar manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz. A transmissão da doença acontece por meio de secreção respiratória (presente na saliva, espirro e tosse), e esta transmissão pode acontecer a partir de uma pessoa saudável que “carrega” a bactéria mas não desenvolve a doença.